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segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Quem é Kim Yo-jong, a irmã que o líder norte-coreano promoveu?

COREIA DO NORTE
CLAUDIA CARVALHO SILVA 
9 de Outubro de 2017, 18:51
A irmã do líder Kim Jong-un foi promovida a vice-directora do departamento de propaganda em 2014

Antes de ser promovida, a irmã mais nova de Kim Jong-un era responsável pela imagem pública do líder. É uma das poucas mulheres que ocupam um lugar de destaque no regime de Pyongyang.

Num voto de confiança, o líder norte-coreano Kim Jong-un promoveu neste domingo a sua irmã, Kim Yo-jong (e outros dois membros do programa de mísseis), para o organismo mais importante do país, o politburo. 
Ainda que tenha estado afastada do espaço público grande parte da sua vida, a irmã mais nova de Kim assistiu a uma rápida ascensão no poder dentro do regime. 
Do pouco que se sabe sobre a dinastia Kim, quem é Kim Yo-jong?

Dado o hermetismo do regime de Pyongyang, são poucos os dados conhecidos (e confirmados) sobre a irmã mais nova do líder norte-coreano – até 2010, poucas vezes tinha sido vista em público. 
Chama-se Kim Yo-jong e desconhece-se a sua idade exacta, mas há relatos de que terá 28 anos, sendo um pouco mais nova do que o seu irmão, que terá 33 anos –, o que faz dela o membro mais jovem do politburo, segundo o New York Times.

Antes da promoção anunciada no domingo, a irmã de Kim Jong-un já tinha um papel de relevo no departamento de propaganda do país (onde exercia funções de vice-directora desde o final de 2014), que tem como objectivo controlar a imagem do líder e transmitir mensagens de cariz ideológico nos meios de comunicação e também no campo das artes. Yo-jong geria os momentos em que o irmão aparecia em público, sendo também conselheira política.

Num regime autoritário que tem por base o culto da personalidade, Yo-jong passou uma imagem benevolente do irmão, apresentando-o como uma figura que segue os ideais do seu avô, Kim Il-sung, fundador da Coreia do Norte. 
A posição ocupada por Yo-jong no clã Kim fez com que fosse um dos sete nomes que passaram a constar da lista negra do Departamento das Finanças norte-americano devido a crimes de “abusos graves dos direitos humanos” e censura.
Agora, vê a sua importância destacada ao substituir no cargo a sua tia, Kim Kyong Hee, que era considerada uma figura-chave em Pyongyang quando o Kim Jong-il (o pai do actual líder) estava no poder; morreu em 2011. 
Esta tia tem tido um papel apagado na liderança do sobrinho desde que o seu marido, Jang Song Thaek, foi executado, em 2013.

Ao contrário da tia, que só ascendeu ao politburo três décadas depois de fazer parte do Partido dos Trabalhadores, Kim Yo-jong está a ter uma rápida ascensão e passa a ser uma das poucas figuras femininas de destaque na Coreia do Norte, ao lado da mulher do líder, Ri Sol-ju.

“Como ela é mulher, Kim Jong-un provavelmente não a vê como uma ameaça, um desafio à sua liderança”, disse o investigador Moon Hong-sik do Instituto coreano de Segurança Nacional, citado pela Reuters.

Filhos da mesma mãe

É difícil confirmar dados pessoais dos membros da família Kim. 
Há quem diga que Kim Yo-jong estudou e viveu na Suíça na mesma altura que o irmão, em meados da década de 1990, e que depois disso tirou um curso de Informática na Universidade Kim Il-sung, na capital norte-coreana, refere o Guardian. 

Kim Jong-un e Kim Yo-jong (e o irmão mais velho Kim Jong Chol, que se mantém afastado da vida política) são filhos da mesma mãe: Ko Yong-hee, que, segundo o New York Times, foi a terceira parceira de Kim Jong-il.

Em 2011, a filha mais nova de Kim Jong-il passou a estar presente na comitiva do pai e também foi vista no o seu funeral, em Dezembro. 
Um pouco antes, em Fevereiro, foi identificada publicamente pela primeira vez por um canal televisivo norte-coreano, quando assistia a um concerto de Eric Clapton, em Singapura, juntamente com o irmão mais velho, Kim Jong Chul, diz a Reuters.

O Guardian escreve que é provável que tenha sido a irmã mais nova de Kim a assumir temporariamente as rédeas do regime enquanto o líder esteve afastado alguns meses da vida política, em 2014, por motivos de saúde.

Desde então, Kim Yo-jong passou a ser vista com mais frequência em acontecimentos públicos, sobretudo a acompanhar o irmão – em concertos, em passeios a cavalo ou até mesmo a receber flores em nome do irmão em comícios de Estado. 
Durante a parada militar de Abril referente às celebrações do 105.º aniversário do fundador da Coreia do Norte, Yo-jong foi vista a entregar papéis ao seu irmão antes de este discursar.

Ainda que a informação não esteja confirmada, o britânico Guardian escreve que a irmã de Kim deverá ser casada com Choe Son, filho de um dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores.

claudia.silva@publico.pt

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