Blog de análise, discussão, sobre assuntos de Economia, Mercados, Finanças e Política Nacional e I

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sábado, 31 de janeiro de 2015

Portugal põe o FMI a ralhar com o próprio FMI

 
Liliana Coelho 
18:29 Sexta feira, 30 de janeiro de 2015
São dois documentos divulgados no mesmo dia: num, o FMI não acredita que as metas do défice seja cumpridas e alerta para tentações populistas em ano de eleições; 
noutro, um diretor do FMI critica estas mesmas observações.

Nem sempre há consenso quanto às avaliações, nem mesmo dentro do mesmo organismo. Prova disso é um documento do diretor-executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI), Carlo Cottarelli, coassinado pela sua conselheira Inês Lopes, onde critica algumas conclusões do próprio FMI sobre Portugal.

O texto tem data de 23 de janeiro, mas só foi divulgado esta sexta-feira, no mesmo dia em que saiu o relatório do Fundo sobre a primeira avaliação a Portugal no pós-troika. 
"O relatório pode não ter refletido outros resultados conseguidos desde 2011, sobretudo em termos do reequilíbrio externo e do ajustamento fiscal", escrevem Carlo Cottarelli e  Inês Lopes. 
"Sentimos também que é inapropriada a ideia constante no relatório de que o ciclo eleitoral está a obstruir o processo de reforma."

As eleições são uma "característica bem-vinda dos regimes democráticos e não devem ser apresentadas como acontecimentos disruptivos dos processos de reforma", sustentam. Carlo Cottarelli e Inês Lopes defendem que o ajustamento económico português prossegue na direção certa, embora o país ainda esteja longe da meta. 
"Enquanto o défice público e privado continuam alto, foram dados passos decisivos a este nível e registados importantes progressos."

Relativamente às estimativas do FMI quanto ao défice português para 2015, que não acredita que o Governo cumpra o objetivo de ficar abaixo dos 3%, ambos consideram ainda que são "demasiado pessimistas" e não têm em conta o crescente aumento da receita resultante das reformas estruturais a nível fiscal introduzidas durante o programa.

A nível do sector financeiro, referem que a estabilidade financeira se mantém apesar do colapso do BES, que levou à criação do Novo Banco, tendo-se verificado significantes esforços no sentido de reforçar o capital das instituições.
"Apesar de alguns sinais positivos refletidos nos resultados reportados pela maioria das instituições de crédito - melhoria baseada em parte na reestruturação e no esforço de contenção de custos - , alguns desafios continuam num contexto económico caracterizado pelo baixo crescimento e pelos elevados níveis de dívida no sector público e privado", ressalvam.

Para Carlo Cottarelli, é errado afirmar que Portugal perdeu o seu momento de reformas. "Continuam a ser implementadas importantes medidas - em várias áreas - no período pós-programa", afirmam, dando como exemplo o sector energético e o mercado laboral. 
"Em conclusão, a transformação estrutural da economia portuguesa está a crescer com base num largo conjunto de reformas - que não só se mantêm neste momento, como é esperado que continuem."

Subir Lall sobre Portugal: "É necessário um grande esforço para assegurar que a dívida continua a baixar"

João Silvestre 
15:00 Sexta feira, 30 de janeiro de 2015
Chefe de missão do FMI considera que não é tempo de dar o trabalho por concluído e que o Governo português deve continuar as reformas estruturais para acelerar o crescimento. 
Avisa também que é necessário assegurar as metas orçamentais que não estão garantidas.

Subir Lall avisa que o esforço orçamental ainda não acabou e que para Portugal conseguir chegar a dum défice em linha com a média da zona euro vai demorar muito tempo e que "é necessário um grande esforço para assegurar que a divida continua a baixar".

O chefe de missão do Fundo Monetário Internacional, em conferência de imprensa telefónica a partir de Washington, refere ainda que "o consumo privado tem sido o principal fator de crescimento " e que a recuperação da economia está a ser mais lenta do que o esperado, porque está a ser em U e não em V".

No balanço global do programa, Lall considera que "foi bem-sucedido em várias áreas" mas que as reformas devem continuar, embora reconheça que o ciclo político não ajuda. 
Mas insiste que é fundamental cumprir as metas orçamentais de médio prazo, a começar por um défice inferior a 3% este ano, de forma a sair do procedimento por défice excessivo e ganhar credibilidade.   

O FMI,  num relatório publicado esta sexta-feira, refere que não acredita nas metas do Governo e aponta para défices superiores a 3% do PIB em 2015 e 2016.  

Salário mínimo, eleições e labour slack. Como o FMI observa Portugal

Avisos. Instituição liderada por Christine Lagarde diz que clima eleitoral dificulta a implementação de reformas e potencia políticas populistas 
João Silvestre 
18:00 Sexta feira, 30 de janeiro de 2015
Fundo Monetário Internacional avisa que a meta de défice não é atingida sem medidas adicionais de austeridade, critica a subida do salário mínimo e teme tentações populistas em ano de eleições.

Numa altura em que o Governo segue animado pelos mínimos históricos dos juros da dívida e pelo desempenho da receita fiscal em 2014, que ficou acima do previsto, há quem não esteja assim tão otimista. 
Apesar do balanço que pode transitar do ano passado e até de acontecimentos como a descida do preço do petróleo, o Fundo Monetário Internacional (FMI) não acredita que Portugal vai conseguir ter um défice inferior a 3% do PIB até 2016 sem medidas adicionais. No relatório da primeira avaliação pós-programa, divulgado esta sexta-feira, o Fundo aponta para um défice de 3,4% este ano, um valor que ultrapassa a meta do governo de 2,7% em qualquer coisa como €1250 milhões e que, a confirmar-se, não permitirá a Portugal sair do procedimento por défice excessivo.

Recorde-se que já a Comissão Europeia, que também realizou a avaliação pós-programa com o FMI, tinha alertado no seu relatório para o mesmo problema. 
Em causa estão "projeções macroeconómicas e de receita otimistas", algo que Bruxelas também já tinha sublinhado, e que acontecem num ano em que várias rubricas da despesa vão ter o cinto desapertado - pensões e salários, por exemplo - e onde há reduções fiscais (IRS e IRC). 
Diz o FMI que, desta forma, o esforço de consolidação é reduzido.  

2014: é possível cumprir
Já o défice de 2014 é alcançável, o que já não é grande surpresa tendo em conta que os números divulgados pela Direção-Geral do Orçamento na semana passada. 
O FMI aponta para 4,9% do PIB e a meta do governo é de 4,8% (incluindo efeitos extraordinários, pois caso contrário é de 4% e até pode ficar abaixo, com o FMI a apontar para 3,9%). 

"Enquanto a meta orçamental de 2014 parece perfeitamente alcançável, para cumprir as previsões orçamentais de médio prazo do próprio governo serão necessárias reformas da despesa significativamente mais ambiciosas", frisa o relatório. 
Entram aqui, por exemplo, recomendações para apostar nas poupanças com requalificação, nos suplementos salariais do Estado e nas pensões da Caixa Geral de Aposentações.  

O chefe de missão, em conferência de imprensa telefónica a partir de Washington, avisa que "é necessário um grande esforço para assegurar que a divida continua a baixar" e lembra que conseguir um défice inferior a 3% é fundamental para retirar Portugal do procedimento por défice excessivo (PDE) e para reganhar credibilidade. 

Eleições não ajudam nada
Para os homens do FMI, as eleições legislativas marcadas para este ano não vão ajudar nada a acelerar as reformas. 
"Como já se viu nos últimos seis meses [o relatório foi fechado em dezembro], o período pré-eleitoral não irá conduzir a iniciativas reformistas relevantes, esperando-se uma maior tentação para políticas populistas", lê-se no documento.

Para os mais distraídos convém sublinhar que estes relatórios pós-programa surgem com uma linguagem mais dura e crítica em relação aos governos, o que não acontecia nas revisões trimestrais. 
Ainda que pudesse haver divergências, não transpareciam de forma tão clara nos documentos que eram elaborados conjuntamente. 
Agora, não há tranches para libertar,  o governo tem mais margem para decidir e sobra apenas o poder da palavra que o FMI e a Comissão usam de forma mais decisiva.

Na frente macroeconómica, o FMI espera crescimentos de 0,8% em 2014 e uma aceleração para 1,2% e 1,3% em 2015 e 2016. 
Valores em linha com a generalidade das previsões disponíveis. 
O governo, por exemplo, espera um ritmo de 1,5% este ano. 

Um dos problemas neste momento é que a margem para aceleração é bastante reduzida. O relatório diz mesmo que, a médio prazo, "é esperado que o crescimento atinja um plateau de 1,5%", já que a dinâmica da economia é afetada pelo investimento (líquido) negativo e pela demografia, e está muito baseado em ganhos de produtividade que, por sua vez, "depende da implementação bem-sucedida de reformas estruturais". 

Subida do salário mínimo vai "doer"
O relatório do FMI regressa a um dos temas quentes da primeira avaliação pós-programa: a subida do salário mínimo de €485 para €505 e dedica uma caixa do texto à análise da situação onde conclui que "esta medida pode prejudicar precisamente o grupo [de trabalhadores] que pretende apoiar". 

O Fundo destaca o facto de os aumentos do salário mínimo "terem ultrapassado persistentemente os ganhos de produtividade" e de o valor em Portugal não estar a "nível assim tão baixo que necessitasse desta subida sequer".  
E avisa que o preço a pagar por aqueles trabalhadores que estão no segmento do mercado de trabalho abrangido pelo salário mínimo mede-se em postos de trabalho. 

"Medidas que aumentam o custo do emprego destes trabalhadores, ainda que subam o rendimento dos que têm trabalho, vão manter o desemprego elevado nestes segmentos por mais tempo e atrasar a normalização do mercado de trabalho", refere o relatório. 

Um dos pontos de preocupação é o chamado labour slack, ou seja, uma medida de 'desperdício' de trabalhadores que é mais abrangente que a taxa de desemprego e que mede todos os trabalhadores que a economia poderia utilizar e não utiliza. 
Diz Subir Lall que "continua muito elevado" e que deve ser uma das prioridades, até porque a recuperação da economia portuguesa está a ser em U e não em V como se esperava.     

Défice abaixo de 3%? Só em 2018

30 Janeiro 2015 
O FMI diz que Portugal vai ter este ano um défice maior que o previsto pelo Governo, e nos anos seguintes

Pedro Passo Coelho já sabia que as conclusões do Fundo Monetário Internacional sobre as contas públicas nacionais não seriam boas. 
Esta manhã alertou os portugueses para que não acreditassem nas previsões: "O FMI vai apontar para uma realidade que não existe, que é a da dúvida se nós temos condições para atingir um objetivo que atingimos."

Divulgados esta tarde, os resultado da primeira análise realizada após o fim do resgate não são, de facto, animadores para o Governo. 
Segundo FMI, o défice deverá atingir os 3,4% este ano, e em 2016 será praticamente igual (3,3% do PIB). 
Se se mantiver a estratégia actual, défices abaixo de 3% só em 2018.

O Governo tinha acordado com a troika e com o Conselho Europeu que o défice orçamental em 2015 não seria superior a 2,5% do PIB. 
Mas no Orçamento do Estado para 2015, alterou essa meta para 2,7%, com o argumento de que só aumentando os impostos é que conseguiria cumprir a meta de 2,5%.

O FMI alerta que o País só conseguirá atingir a meta do défice orçamental para 2015 e anos seguintes se avançar com medidas adicionais. 
Liderado por Christine Lagarde, o FMI critica os "progressos modestos nas reformas da despesa incluídas no orçamento."

Maria Luís Albuquerque tem como objectivo reduzir a dívida pública para 123,7% do PIB já este ano, mas o FMI diz que Portugal só conseguirá chegar a esse valor daqui a quatro anos, em 2019.

domingo, 18 de janeiro de 2015

Os russos perderam a fé no bem-estar do rublo e inflação

Quinta-feira janeiro 15, 2015 14:41 MSK
(Oksana Kobzev. Editor de Dmitry Antonov)



MOSCOU (Reuters) - A aceleração da inflação, deterioração das perspectivas do mercado de trabalho e um significativo enfraquecimento do rublo caiu índice de bem-estar nacional do russo médio, no quarto trimestre de 2014 mais do que duplicou, segue-se a partir da revisão de confiança dos consumidores russos publicado Sberbank CIB.

Índice do Consumidor Ivanov, nomeado após os sobrenomes mais comuns na Rússia, com base em uma pesquisa com mais de 2.000 pessoas com idades entre 18-65 anos vivendo em 164 cidades da Rússia com uma população de mais de 100.000 pessoas.

Índice Nacional de Previdência caiu para menos de 51 por cento no último trimestre de menos de 19 por cento no terceiro trimestre de 2014, eo índice de confiança dos consumidores russos - para menos de 24 por cento para menos de 7 por cento.

"Atribuímos esta tendência os temores de inflação, as preocupações com o enfraquecimento do rublo e da deterioração do mercado de trabalho devido ao aumento das tensões geopolíticas e um abrandamento do crescimento económico", - disse na revisão.

No quarto trimestre do rublo em relação ao dólar caiu quase 30 por cento, a inflação em 2014, saltou para 11,4 % mais alto desde a crise de 2008.

No quarto trimestre de 2014, a taxa de desemprego aumentou em 60 pontos base para 10,6 por cento, enquanto o índice de recrutamento líquido caiu para menos de 37 por cento de menos de 33 por cento, calculado Sberbank CIB.

A percentagem de inquiridos que têm medo de perder o emprego, subiu para 35 por cento, enquanto que no decorrer do ano, este valor manteve-se inalterada em 30 por cento.

Em dezembro, a parcela de consumidores são sensíveis a flutuações de preços, subiu para 73 por cento de 69 por cento em setembro. Ivanov começar a comprar itens menos caros, muitas vezes se recusam visitas a restaurantes, cortar em entretenimento e lazer.

De acordo com as observações de Ivanov, a inflação total de alimentos acelerou para 14,9 por cento.

(Oksana Kobzev. Editor de Dmitry Antonov)

© Thomson Reuters 2015 Todos os direitos reservados.

A crise moeda russa sepulta o sonho eurasiano de Putin

Quarta-feira, 14 de janeiro, 2015 19:13 MSK
Andrei Makhovsky, Dmitry Solovyov




MINSK / ALMATY (Reuters) - os vizinhos da Rússia com crescimento de prejuízos da sua crise financeira poderia enterrar o sonho de Vladimir Putin sobre a criação da antiga União Soviética, uma nova união económica, capaz de competir com os EUA ea UE.

A partir da fronteira com a Bielorrússia para a unidade europeia ao lado do país do Cazaquistão para a China, uma vez entendida como satélites de Moscovo, mais plausível é de admirar se não houver o suficiente na última razão para agir como um líder.

Alguns deles, como a Bielorrússia, foram forçados a enfraquecer as suas moedas de encontro ao fundo de dificuldades económicas na Rússia, enquanto o Azerbaijão está gastando milhões de dólares para preservar a estabilidade da moeda nacional.

Na retórica oficial do chefe dos países vizinhos simpatizarem com a situação da Rússia submetida a sanções do Ocidente por causa da anexação da Criméia, e vários líderes com palavras de apoio para o projeto de Putin para criar a União Econômica da Eurásia, com o qual o presidente russo tinha a esperança de compensar a perda potencial com o colapso da União Soviética, há mais de duas décadas atrás.

No entanto, uma queda de mais de 40 por cento do rublo russo em relação ao dólar no ano passado, que não parou de aumentar, quase o privou de discurso para alguns observadores. 
Presidente da Bielorrússia Alexander Lukashenko apressadamente introduziu um imposto de 30 por cento na compra de moeda, a fim de evitar uma debandada em dólares.

Mais tarde Minsk baixou esse limite para as empresas até 10 por cento e até mesmo cancelar o imposto para os indivíduos. 
Em dezembro, Lukashenko pediu a rejeição do comércio com a Rússia em rublos e ofereceu pagamentos em moeda forte.

Mais tarde, ele criticou as restrições "estúpidas e sem cérebro" para o trânsito de carne da Belarussia - um passo pelo qual Moscou tentou parar as tentativas de importação proibidas por ela em resposta a sanções ocidentais de produtos estrangeiros.

Retórica irritada de Lukashenko é direcionada principalmente para a simpatia do eleitorado, que sofreu uma queda de 25 por cento desde meados de dezembro, o rublo bielorrusso em relação ao dólar. 
Mas as restrições comerciais e os calculos em moeda livremente conversível, um soco no estômago Eurasian União Económica, que é uma zona de livre comércio e à circulação de trabalhadores.

"Muito feliz"

O Kremlin vê a Ucrânia, como a terceira maior depois da Rússia e do Cazaquistão economia da antiga União Soviética, como um membro vital da nova aliança.

No entanto, após a anexação da Criméia, em março do ano passado e apoio de Moscovo aos separatistas, no leste da Ucrânia a imagem mudou drasticamente as expectativas. Chefe do banco central ucraniano Valentine Gontareva resumiu a atitude de Kiev da seguinte forma:

"Como uma pessoa que eu estou muito feliz que está acontecendo com o rublo russo," - disse ela, em dezembro.

"Mas, como o presidente do Banco Nacional de mim, não pode deixar de se alegrar, porque a Rússia é o nosso maior parceiro comercial."

Nos primeiros nove meses de 2014 a Rússia tinha 19 por cento das exportações ucranianas e 25 por cento das importações, as estatísticas oficiais mostram. 
A hryvnia caiu em relação ao dólar no ano passado em 50 por cento.

Poucos vizinhos da Rússia na ex-União Soviética pode evitar a influência de sua crise, agravada pela queda dos preços do petróleo os mais baixos desde há seis anos. 
Situação dolorosa pode encorajar alguns deles para refletir de forma mais independente.

Produtor de petróleo do Azerbaijão, que passou cerca de US $1,13 bilhão em dezembro para apoiar a sua manat, não há interesse de entrar numa aliança com Putin. 
Vizinha Geórgia está confiante de que a confusão na Rússia só irá fortalecer Tbilisi, num esforço para se aproximar do Ocidente.

Não são muitas as vantagens visto por um novo membro da NATO, a Arménia a aderir à União da Rússia, Belarussia e Cazaquistão este ano. 
Anush Sedrakyan, um dos líderes do partido da oposição "Democratas Livres", diz Yerevan não recebeu quaisquer subsídios, "nenhum ganho financeiro ou político."

Quirguistão, um dos países mais pobres da região que desejam ingressar no bloco em maio, temos mais apertado. 
Som do Quirguistão desabou no ano passado por quase 20 por cento e continuou a diminuir neste. 
Como muitos ex-repúblicas soviéticas, Quirguistão depende de remessas dos trabalhadores migrantes - pois é cerca de 30 por cento do PIB.

No exterior, principalmente na Rússia, tem mais de um milhão do Quirguistão. 
De janeiro a outubro do ano passado, suas transferências para casa subiram para 1,943 bilhões dólares a partir de 1.874 milhões dólares americanos no mesmo período do ano anterior, as estatísticas mostram controlador. 
Não está claro qual será o efeito do colapso do rublo, mas alguma esperança de que a entrada na União Econômica da Eurásia significa novas oportunidades no mercado de trabalho.

"Isso vai levar a um aumento nas remessas de nossos trabalhadores migrantes," - disse Asel Sultanalieva, economista do Banco Nacional do Quirguistão.

No Cazaquistão, rico em petróleo, muitos aproveitaram a queda do rublo na Rússia para comprar banalizado, em comparação com os preços em tenge, equipamentos de áudio e veículos. 
Ao mesmo tempo, os moradores do país cujo poder financeiro de um ano atrás, desvalorizou a moeda nacional, o rublo seguindo o medo de continuar, apesar das garantias de funcionários de que uma nova desvalorização nos próximos anos é esperada. Cazaque empresário Murat, que investe no negócio de grãos, disse que não guarda dinheiro em tenge e centenas de dólares.

Muitos analistas esperam desvalorização logo do tenge e sugerem que o banco central mantenha os seus níveis atuais, ciclismo reservas de divisas. 
Ao mesmo tempo, os dados oficiais relataram um aumento nas reservas para US$28 bilhões em 31 de dezembro, com 27,9 bilhões dólares em 30 de novembro.

"Quando você tem um enorme vizinho e parceiro comercial, cuja moeda enfraqueceu acentuadamente, e você quer proteger a sua moeda e não a desvalorizá-la, a única maneira de fazer isso - construir uma nova Grande Muralha da China," - disse Oraz Jandosov, o ex-chefe do banco central do Cazaquistão.

(Com a participação de Margarita Antidze em Tbilisi, Alessandra Prentice e Natalia Zinets em Kiev, Alexander Tanasa em Chisinau, Raushan Nurshaevoy em Astana, Olga Dzyubenko em Bishkek, Hasmik Mkrtchyan em Yerevan, Naila Bagirova em Baku. O texto de Elizabeth Piper com a participação de Denis Demkina)

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Moody baixou o rating Baa3 para Federação Russa, alertou para o risco de queda ainda maior

Sábado, janeiro 17, 2015 12:21 MSK
Devika Krishna Kumar






(Reuters) - agência internacional de rating Moody reviu em baixa a dívida nacional da Rússia para Baa3 de Baa2, e alertou que o enfraquecimento do rublo e a queda dos preços do petróleo têm prejudicado as perspectivas de crescimento já baixas do país.


Moody igualmente incluída na lista de Rating da Rússia em revisão para possível rebaixamento explicação .

A agência de rating reviu em baixo o teto do rating do país para a em moeda estrangeira para Prime (P-3) c Baa2 / Prime 2 rating Baa3 / 3 (P-2) e em moeda local de longo prazo para Baa2 de Baa1.

A agência informou que avaliar a sustentabilidade das finanças da Rússia, especialmente reservas cambiais em relação à sua própria previsão dos preços do petróleo e do risco de queda ainda maior.

sábado, 17 de janeiro de 2015

Pires de Lima não dá preço mínimo para a privatização da TAP

15/1/2015, 21:31
SARA OTTO COELHO
Sem nunca pôr um preço mínimo para a venda da companhia aérea, o ministro da Economia admitiu que era possível o Estado capitalizar a empresa. Mas que isso implicaria uma "reestruturação".

Crescimento e desenvolvimento foram as duas palavras mais usadas por António Pires de Lima para justificar a privatização da TAP. 
Em entrevista ao telejornal da RTP, o ministro da Economia recusou-se a dar um valor mínimo pelo qual o Governo está disponível a vender a companhia aérea portuguesa.

“A TAP tem um valor que é o somatório da sua dívida atual, cerca de mil milhões de euros, o valor de encaixe da privatização e o plano de capitalização da empresa apresentado pelo investidor que vier a ganhar”, explicou Pires de Lima, que disse ainda não ser possível estabelecer à partida um valor para o negócio. 
“O Estado não se pode pôr numa posição de adivinhar qual será esse valor. 
Só ganhará a TAP em termos desta privatização quem consiga cumprir todas estas condições de uma forma satisfatória e apresente as garantias necessárias para assegurar o financiamento da TAP”, disse.

O ministro insistiu que a privatização é conduzida “fundamentalmente” com o objetivo de levar ao crescimento e desenvolvimento da TAP. 
“Nós só poderíamos, enquanto Estado, capitalizar a empresa, como aconteceu em 1994, se simultaneamente apresentássemos um plano, e se este fosse aprovado, para diminuir o número de rotas, de destinos, de aviões e para diminuir o número de empregados na TAP”. Ou seja, reestruturar a empresa. 
“Não é esse o objetivo do Governo. 
Queremos que a TAP se desenvolva para empregar mais pessoas”, defendeu Pires de Lima.

Questionado sobre como é que se pode garantir que o futuro comprador não vai, por exemplo, retirar a TAP do país, o ministro da Economia lembrou que há obrigações no caderno de encargos e que, se não forem cumpridos, o Estado “pode reverter o negócio”. “A TAP volta ao domínio do Estado se as condições não forem cumpridas. 
Esse direito de reversão, que muito raramente é usada numa privatização (…) é um direito que protege estes direitos estratégicos nacionais fundamentais na gestão da TAP”.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o caderno de encargos da TAP, com acordo dos sindicatos.

Governo fecha acordo com sindicatos sobre venda da TAP e fala em “paz social”


15/1/2015, 14:00
DAVID DINIS
 Conselho de Ministros aprovou caderno de encargos da TAP, com acordo dos sindicatos. 
Quem ganhar não pode despedir ou vender ações por vários anos. 
Marca TAP e administração em Lisboa são para ficar.

O Conselho de Ministros aprovou esta quinta-feira o caderno de encargos para a privatização da TAP, conseguindo um acordo com a maioria dos sindicatos da empresa – e com a aprovação da administração de Fernando Pinto e dos conselheiros financeiros que acompanham o processo.

No final do Conselho de Ministros, o secretário de Estado Sérgio Monteiro considerou que as condições negociadas com os sindicatos representam uma “mais-valia”, argumentando que “a paz social dá valor estratégico e financeiro” para o processo de privatização – não retirando valor à negociação que se segue com os candidatos.

O caderno de encargos inclui várias cláusulas de salvaguarda para os trabalhadores, como a impossibilidade de despedimentos coletivos enquanto o Estado tiver ações da empresa, num mínimo de 30 meses. 
O futuro acionista também não poderá vender ações da empresa nos primeiros cinco anos e terá de respeitar o atual acordo de empresa “por um tempo mais alargado”, nas palavras – não quantificadas – de Sérgio Monteiro.

O investidor terá de garantir forte investimento na empresa, assim como a base operacional em Lisboa, para além das ligações estratégicas, quer para as ilhas, quer para países lusófonos e zonas onde há mais emigrantes. 
Estas eram já condições que estavam no processo de privatização que falhou em 2012. 
A marca TAP também não poderá mudar.

Ficou ainda determinado que o processo negociar só terá uma oferta vinculativa – embora possa haver processo de negociação final, se o Conselho Ministros o entender, como tem acontecido noutras privatizações.

Trabalhadores ficam com 5% do capital, no máximo

Estão também já definidos os critérios de seleção dos candidatos à aquisição do grupo. 
O processo de reprivatização do capital social da empresa compreende uma venda direta de referência de ações representativas de até 61% do capital social do grupo TAP e a alienação, numa oferta destinada aos trabalhadores, de um lote adicional de ações representativas de até 5% do capital social.

O Estado beneficia adicionalmente de uma opção de venda sobre o adquirente na venda direta de referência de até 34% do capital social da TAP.

Entre os critérios de seleção do comprador contam-se o valor de compra apresentado, a contribuição para o reforço financeiro da TAP, a apresentação de um projeto estratégico para o crescimento da empresa, a garantia do serviço público, a contribuição para a economia nacional, a ausência de condicionantes jurídicas e a experiência técnica e de gestão.

Financiamento do Estado à TAP não é impossível. Mas tem um preço

PS acusa governo de não ter estudado alternativas à privatização da TAP
15/1/2015, 17:33
ANA SUSPIRO
Privatização não é a única solução para trazer capital à TAP. O Estado é acionista e pode investir na empresa. Mas o preço exigido por Bruxelas pode ser demasiado alto para empresa e trabalhadores.

A solução financeira para a TAP não tem de passar necessariamente por uma privatização ou apenas por investimento privado. 
O Estado pode voltar a apoiar financeiramente a companhia aérea até porque é acionista e poderá, no limite, invocar a perda de capital em caso de falência para vencer a resistência da Comissão Europeia.

As regras da União Europeia não o proíbem e até há exemplos recentes. 
Mas esses casos mostram, também, que o investimento ou apoio financeiro do acionista público demora meses (ou anos) a ser negociado e só é autorizado em troca de condições duras para a própria empresa: reestruturação, venda de ativos, redução de postos de trabalho ou, no mínimo, corte nos custos laborais, fazem parte do preço a pagar para ter a “luz verde” de Bruxelas. 
E esse preço terá de ser pago pelos trabalhadores, mas também pelos passageiros.

Para o especialista em concorrência, Carlos Pinto Correia, o apoio público à TAP, pela informação que é pública, é “possível, mas exigiria condições tanto ou mais penalizadoras do que aquelas que previsivelmente um privado irá impor.” 
O advogado da Linklaters remete para as últimas orientações sobre a matéria definidas pela Comissão Europeia em julho de 2014.

TAP pode receber apoio, porque última ajuda foi há mais de dez anos

Segundo Bruxelas, o principal critério consiste na apresentação de um plano de reestruturação viável, em que pelo menos 50% do esforço seja financiado com uma contribuição da própria companhia. Isto significa que a empresa apoiada terá de gerar ganhos, seja pela venda de ativos ou de poupanças obtidas na operação e, em particular, cortando nos custos laborais.

A Comissão Europeia defende, por exemplo, uma aproximação ao modelo de negócios das transportadoras low-cost com a redução de custos de catering na classe económica, cobrando por serviços extra. 
A refocagem da oferta para rotas lucrativas, a diminuição da frota, o redimensionamento da rede e redução ou venda de atividades deficitárias (no caso da TAP seria certa a venda ou fecho da manutenção no Brasil), fazem ainda parte da lista de tarefas para uma companhia área que receba apoio público.

Por outro lado, as directivas de Bruxelas abrem a porta à possibilidade de a TAP vir a beneficiar de um novo plano de apoios públicos, na medida em que o último pacote de ajudas foi concedido há mais de dez anos. 
“As guidelines para resgate e reestruturação contém uma regra muito forte: não haverá mais ajuda para companhias que receberam apoios para reestruturação na última década”.

PS: Se for para privatizar, que seja em bolsa e até 49%

O PS liderado por António Costa tem aumentado a pressão contra a privatização da maioria do capital da TAP, contestando o argumento do governo de que é a única solução possível para atrair o investimento necessário à recapitalização da transportadora. 
O deputado socialista, Rui Paulo Figueiredo, defende que, ainda antes de avançar com a venda, e “independentemente da sua fúria privatizadora, o governo deveria ter estudado alternativas de recapitalização, aferindo da sua viabilidade com a Comissão Europeia, o que não aconteceu.”

O deputado considera, ainda, que a matéria deveria ter sido discutida com o PS, considerando a proximidade das eleições legislativas, e só se se chegasse à conclusão de que não existiam alternativas, poderia então avançar a privatização que, defendem os socialistas, deveria englobar até 49% do capital, via aumento de capital e colocação de ações em bolsa. 
Não está demonstrado que a TAP precisa de um parceiro estratégico”, nem que tenham sido estudados outros cenários.

E porque é que o PS não estudou soluções de capitalização com Bruxelas quando esteve no poder? 
Os governos de Sócrates sempre defenderam a privatização parcial da TAP. 
Rui Paulo Figueiredo diz que é uma boa pergunta para colocar aos dirigentes dos executivos em causa, mas deixa a nota: “a posição atual do PS é muito clara”.

O executivo defende a privatização da TAP por convicção, mas também argumenta que é a melhor solução para capitalizar a empresa. 
Um apoio público do Estado, embora não impossível, implicaria uma reestruturação da companhia, com redução da oferta e de trabalhadores, quando o objetivo é o de que a empresa cresça, defendeu já o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro. 
O governo remete ainda para os casos da Alitalia e da Cyprus Airways, companhia que anunciou já este ano que ira fechar portas depois de Bruxelas exigir a devolução de ajudas ilegais de 65 milhões de euros.

Segundo Sérgio Monteiro, a TAP precisa, no mínimo dos mínimos, de 300 milhões de euros para comprar novos aviões. 
A venda de uma posição minoritária não seria atraente para investidores privados. 
E a dispersão em bolsa não é uma opção para uma companhia que necessita de capital e que não está em condições de pagar dividendos, como sucede com os CTT, outra razão que sustenta a opção pela privatização de 66% da transportadora.

Como a Dinamarca e a Suécia financiaram a SAS como “investidores privados” 

As regras definidas para as ajudas de Estado às companhias de aviação, aplicam-se independentemente de quem é o seu acionista. 
Mas, considerando que o capital da TAP é público, o Estado português poderia, em tese, apoiar a empresa se seguisse a lógica de investidor privado, o que fugiria ao mecanismo do auxílio de Estado.

Bruxelas já deixou passar apoios públicos a companhias de transporte aéreo com base nesta argumentação. 
Isto porque não é considerado auxílio de Estado quando um apoio é dado em simultâneo com uma injeção considerável de capital por parte de um privado, em condições e circunstâncias tidas como comparáveis, sublinha outro jurista ouvido pelo Observador. 
Foi o que aconteceu com a linha de crédito de 400 milhões de euros, concedida à companhia escandinava SAS, que recebeu “luz verde” em julho do ano passado.

Bruxelas começou por torcer o nariz à concessão de uma linha de apoio à liquidez por parte dos governos da Dinamarca, Suécia e Noruega em 2012. 
O financiamento era a renovação de uma outra linha, mas os acionistas públicos passavam a assumir maior exposição do que os privados. 
E esta é precisamente a questão central. 
Convencer a Comissão de que, para os privados, o envolvimento do Estado não é uma condição essencial para investirem. 
O facto de a SAS ter capital privado, 50%, ajuda a reforçar esta tese.

Os estados tiveram de provar que um investidor privado teria participado no apoio nas circunstâncias em que ele ocorreu e com condições semelhantes. 
Suécia e Dinamarca recorreram a consultores internacionais (a Goldman Sachs) para ajustarem o plano de reestruturação e de negócios às reservas de Bruxelas. 
Em causa estava a adoção de um conjunto de medidas exaustivas e consequentes que garantissem a viabilidade da empresa a médio e longo prazo e assegurassem um retorno convincente, pelo menos no papel.

O plano passou pelo corte do número de trabalhadores – segundo adiantou ao Observador um porta-voz da SAS o efetivo diminuiu em dois mil funcionários e existem negociações para a venda total do handling, com cinco mil colaboradores, redução de custos, incluindo a revisão de acordos salariais e de pensões e a redução de benefícios, venda de ativos e reorganização das operações. 
Ou seja, a receita acabou por não ser assim tão diferente da imposta em caso de ajuda de Estado. 
A SAS tem mais do dobro da dimensão da TAP em passageiros e receitas.

Será mais difícil financiar a TAP se o Estado deixar de ser acionista

Para aquele apoio passar foi também fundamental o argumento, usado pelos estados, de que a alternativa seria a falência da SAS, o que implicaria perdas muito mais avultadas para o acionista público do que o financiamento dado. 
Esta condição também é invocável na TAP e até pode servir de argumento aos que contestam a privatização, na medida em que o Estado ficará mais condicionado para apoiar a empresa no futuro se deixar de ser acionista.

Por outro lado, a concessão de apoios públicos numa solução mista que envolvesse privados teria maior aceitação em Bruxelas, para quem o objetivo da privatização é sempre um ponto valorizado.

German Efromovich à espera do caderno de encargos para tomar decisão

16/1/2015, 11:21
Agência Lusa
O empresário German Efromovich, único candidato à privatização da TAP em 2012, só decidirá se avança novamente à compra da companhia aérea quando o caderno de encargos estiver disponível.

O empresário German Efromovich, único candidato à privatização da TAP em 2012, só vai tomar uma decisão sobre se avança novamente à compra da companhia aérea quando o caderno de encargos, aprovado na quinta-feira, estiver disponível.

Em resposta à Lusa, Efromovich disse estar de férias, remetendo comentários sobre o processo de privatização da transportadora portuguesa para quando o caderno de encargos “estiver disponível”, altura em que irá “definir o que fazer”.

O Governo aprovou na quinta-feira, em Conselho de Ministros, o caderno de encargos da privatização da TAP, no qual estão definidos os critérios de seleção dos candidatos à aquisição do grupo e as obrigações do novo dono.

Em 2012, a Synergy Aerospace, detida pelo empresário German Efromovich, foi a única empresa na corrida à privatização da TAP, que acabou por ser recusada por falta de garantias bancárias.

O empresário português Miguel Pais do Amaral, com o antigo dono da Continental Airlines, Frank Lorenzo, o grupo espanhol Globalia, dono da Air Europa, o empresário Gérman Efromovich e a companhia brasileira Azul têm sido apontados na imprensa como interessados na operação.

Na quinta-feira, Miguel Pais do Amaral congratulou-se, em declarações à Lusa, com a aprovação pelo Governo do caderno de encargos no “‘timing’ prometido” e disse que só se pronunciará sobre o documento quando este for publicado.

Já hoje, fonte da transportadora brasileira Azul disse à Lusa não querer, para já, “comentar o assunto”.

O processo de reprivatização do capital social da empresa compreende uma venda direta de referência de ações representativas de até 61% do capital social do grupo TAP e a alienação, numa oferta destinada aos trabalhadores, de um lote adicional de ações representativas de até 5% do capital social”.

O Estado beneficia adicionalmente de uma opção de venda sobre o adquirente na venda direta de referência de até 34% do capital social da TAP.

Entre os critérios de seleção do comprador contam-se o valor de compra apresentado, a contribuição para o reforço financeiro da TAP, a apresentação de um projeto estratégico para o crescimento da empresa, a garantia do serviço público, a contribuição para a economia nacional, a ausência de condicionantes jurídicas e a experiência técnica e de gestão.

O comprador da TAP tem que assegurar o reforço da capacidade económico-financeira da empresa e assumir compromissos de estabilidade laboral, de acordo com o caderno de encargos da privatização hoje aprovado pelo Governo em Conselho de Ministros.

“É também exigida a garantia de execução de um projeto estratégico, tendo em vista a preservação e promoção do crescimento da TAP, conservando a marca TAP e a sua associação a Portugal e assegurando que a sede e a direção efetiva do grupo continuam a estar localizados em Portugal”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

O Governo vai ainda avaliar a contribuição do projeto para o crescimento da economia nacional, incluindo o desenvolvimento do atual ‘hub’ da TAP (no aeroporto de Lisboa) como plataforma estratégica nas relações entre Europa, África e América Latina.

A intenção do Governo é selecionar o investidor “até ao final do primeiro semestre”, mas o calendário não está definido no caderno de encargos.

De acordo com o caderno de encargos aprovado, será tida em conta a experiência técnica e de gestão no setor da aviação, a sua idoneidade e capacidade financeira na escolha do futuro dono de até 66% do grupo TAP.

As ações a alienar no processo de privatização ficam sujeitas a um período de indisponibilidade de cinco anos.