Leonid Kovachich
14 Julho, 18:33
As empresas norte-americanas
passam a utilizar a divisa chinesa yuan, segundo a SWIFT informando que o
volume de negócios em yuan cresceu três vezes. Acontece que as empresas dos EUA
têm dado preferência à moeda nacional chinesa para evitar despesas relacionadas
com comissões.
Há um ano, apenas 9%
das empresas norte-americanas utilizavam o yuan.
Hoje, segundo escreve
o The Wall Street Journal, este número subiu para os 28%. A moeda nacional da
China tem sido usada por pequenas empresas do sector têxtil e produtores de
artigos de largo consumo, inclusive as empresas gigantes como a Ford Motor já
que assim os importadores podem economizar no mínimo 4-5% da soma de contratos.
Mas não são apenas os
EUA que vão aumentando o peso da moeda nacional da China. No decurso da visita
à Coreia do Sul do presidente chinês, Xi Jinping, o Banco da China e o Banco da
Coreia assinaram um acordo sobre a criação de uma câmara de compensação em Seul
que realizará operações em yuan. Uma semana antes disso, a China celebrara um acordo
com a França sobre a criação de sistema de pagamentos com base em moeda
nacional chinesa. Antes disso, a China tinha concluído um acordo com o banco
VTB russo sobre o pagamento em yuan e a bolsa de valores londrina havia fechado
um contrato com dois bancos chineses sobre as hastas públicas em moeda nacional
da China.
A ideia de fazer o
yuan um concorrente do dólar surgiu há muito.'Mas os primeiros
passos foram dados recentemente.
A maioria das companhias ocidentais acusou Pequim de uma “política monetária
inflexível e a diminuição artificial da taxa de yuan em relação ao dólar”. Este
foi um único argumento contra a realização de negócios em yuan. Hoje o governo
da China está tomando o rumo à liberalização paulativa na política monetária.
Foi aumentada em 2% a banda cambial e atenuadas restrições para a deslocação dos capitais. Não se exclui a hipótese de que nos próximos três anos o
yuan poderá vir a ser uma moeda convertível, sustenta Serguei Lukonin do Centro
de Pesquisas de Ásia e do Pacifico:
“Os poderes chineses querem fazer com que o yuan seja uma moeda de
reserva, razão pela qual incrementa oo da moeda chinesa nas trocas comerciais
internacionais. A China irá tirar proveito disso uma vez que o yuan será mais
estável. Os exportadores também ganharão com isso, embora o processo seja
longo. Entretanto, a China poderá exercer a influência sobre o sistema
financeiro mundial”.
Todavia, segundo diz o perito russo, o peso do yuan não corresponde ao
papel da China na economia mundial. Os bancos centrais, exceto o Banco Central
da China, não têm reservas em moeda chinesa. O yuan não faz parte do CLS ao
qual cabe mais de 50% das operações monetárias.
Por isso, a dependência do dólar não será reduzida em breve, afirma
Serguei Lukin. À moeda dos EUA cabem 70% dos pagamentos enquanto o yuan ocupa o
7o lugar no sistema de pagamentos. Por outro lado, nada impede que o
ranking da moeda nacional chinesa seja aumentado, peio que
o número de países que querem usar o yaun em vez dez dólar vai crescendo.
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