Assalto em Tancos
DN/Lusa 25 Setembro 2018 — 22:40
O coronel Luís Vieira, que foi detido no âmbito de uma investigação ao caso de Tancos, está à frente da Polícia Judiciária Militar desde 2011.
Ao longo da carreira recebeu várias condecorações
O coronel dos Comandos Luís Vieira, detido esta terça-feira pela PJ no âmbito de uma investigação ao caso de Tancos, entrou na Polícia Judiciária Militar em 2002 e ficou à frente daquele órgão em 2011, recebendo várias condecorações.
Nascido em Moimenta da Beira em 1953, o coronel Luís Vieira cursou a Academia Militar entre 1973 e 1977 e completou o curso de Comandos no ano seguinte.
Ao longo da carreira recebeu várias condecorações.
Foi distinguido com a medalha Comportamento Exemplar grau Ouro, a da Defesa Nacional de 1.ª classe e a de Mérito Militar de 2.ª classe.
Licenciou-se em Direito na Universidade Lusíada em 1999 e tem várias pós-graduações, um curso intensivo de Contra-Terrorismo e fez também o curso de auditor de Segurança Interna.
Na Polícia Judiciária Militar (PJM), começou como defensor oficioso em 2002/2003 e nos anos seguintes foi defensor oficioso no Supremo Tribunal Militar e juiz militar no Tribunal Criminal do Porto.
Em 2009 chegou a subdiretor-geral e dois anos depois assumiu as funções de diretor-geral, com um mandato de cinco anos que foi renovado em 2016 por despacho do atual ministro da Defesa, Azeredo Lopes.
Em julho de 2010, passou à reserva, segundo a nota curricular que consta do despacho de nomeação, em comissão de serviço, por um período de cinco anos, renovável.
A Polícia Judiciária Militar depende hierarquicamente do Ministro da Defesa Nacional. Tem como missão "coadjuvar as autoridades judiciárias na investigação criminal, desenvolver e promover as ações de prevenção e investigação criminal da sua competência ou que lhe sejam cometidas pelas autoridades judiciárias competentes".
O aparecimento do material militar furtado em Tancos foi revelado a 18 de outubro do ano passado pela Polícia Judiciária Militar, através de um comunicado, no qual adiantava que teve a colaboração do núcleo de investigação criminal da GNR de Loulé.
Na altura, a PJM indicou que o material recuperado já se encontrava nos Paióis de Santa Margarida, à guarda do Exército.
O coronel Luís Augusto Vieira foi detido para interrogatório, ao fim da manhã desta terça-feira, nas instalações da PJM, no Restelo, pela Polícia Judiciária, na presença de um oficial de patente superior, major-general do Exército, segundo fontes militares.
Um comunicado da Procuradoria-Geral da República adiantou que o inquérito que deu origem às detenções - oito, quatro de elementos da PJM, três da GNR e um civil - "investigam-se as circunstâncias em que ocorreu o aparecimento, em 18 de outubro de 2017, na região da Chamusca, de material de guerra furtado em Tancos".
Os mandados de detenção visam quatro responsáveis da PJM, incluindo Luís Vieira, um civil e três elementos da GNR.
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