10-01-2014 7:08
É a conclusão do gabinete de apoio ao sobreendividado da Deco, a cujo
relatório a Renascença teve acesso. As famílias que pediram ajuda devem cerca
de 60 mil euros e as pessoas que vivem sozinhas já representam
quase metade dos pedidos de socorro. Reformados engrossam o bolo.
Em 2013, a associação de defesa do consumidor Deco abriu quatro mil
processos de famílias com condições para reestruturar as suas dívidas. É a
primeira vez que o ciclo de subidas no número de processos abertos é
interrompido. Mas o motivo prende-se com o facto de as famílias pedirem ajuda
tarde demais.
A coordenadora do gabinete de apoio ao sobreendividado (GAS), Natália
Nunes, diz à Renascença que a maioria dos
pedidos de ajuda (mais de 29 mil no total) foi de famílias que "já não
tinham capacidade para reestruturar o seu orçamento familiar",
algumas confrontadas com processos em tribunal e penhora de bens.
A taxa de esforço das famílias continua a aumentar e está agora nos 98%
para um rendimento de cerca de mil euros. Em média, cada família que pediu
ajuda deve cerca de 60 mil euros.
O desemprego continua a ser a primeira causa para a aflição das famílias.
Mas o boletim estatístico a que a Renascença teve acesso indica também que as
pessoas que vivem sozinhas já representam quase metade dos pedidos de ajuda que
chegam à Deco.
Está ainda a aumentar o número de pedidos por parte de pessoas com mais de
55 anos, sobretudo, reformados que, além de verem os seus rendimentos cortados,
ajudam os filhos
De acordo com o boletim estatístico da Deco, entre
2010 e 2013 mais do duplicaram os pedidos de ajuda.
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