DIANA INÁCIO MENDES
07/02/2014 - 15:23
Foi assinado nesta
sexta-feira o contrato de venda directa da Caixa Seguros à sociedade de capital
d risco chinesa Fosun.
http://www.publico.pt/multimedia/video/governo-formaliza-venda-de-80-da-caixa-seguros-a-fosun-20142714261
http://www.publico.pt/multimedia/video/parceria-com-a-fosun-com-potencial-para-estenderse-a-outras-areas-20142712060
A privatização do negócio de seguros da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi formalizada nesta sexta-feira, depois de o Governo ter aprovado em Janeiro a proposta da Fosun International Limited, num negócio superior a mil milhões de euros. A companhia chinesa promete “cooperação de longo prazo”.
http://www.publico.pt/multimedia/video/parceria-com-a-fosun-com-potencial-para-estenderse-a-outras-areas-20142712060
A privatização do negócio de seguros da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi formalizada nesta sexta-feira, depois de o Governo ter aprovado em Janeiro a proposta da Fosun International Limited, num negócio superior a mil milhões de euros. A companhia chinesa promete “cooperação de longo prazo”.
Com a compra de 80% da Fidelidade, da Multicare e da
Cares pelo grupo chinês, o Estado totalizou encaixe de 1209 milhões de euros.
As receitas com esta privatização vão chegar, no entanto, a 1264
milhões de euros, já que outros 55 milhões serão arrecadados com a oferta
pública de venda de 5% da Fidelidade, destinada aos trabalhadores. Se a procura
não abranger a totalidade da oferta, as acções que restarem serão entregues à
Fosun.
Guo Guangchang, administrador da Fosun, afirmou esta
sexta-feira, no Ministério das Finanças, que a concretização desta cooperação
entre Portugal e a China será “o primeiro passo significativo para a
internacionalização da actividade seguradora da Fosun”. Em Portugal, a
Fidelidade, a Multicare e a Cares representam 30% do mercado segurador.
Durante a cerimónia José de Matos, presidente executivo
da CGD, explicou que, com a cedência do controlo accionista da Caixa Seguros, a
instituição bancária fortalecerá a sua solvabilidade para cumprir as novas
regras europeias para o sector da banca e assim poderá “continuar a apoiar a
economia nacional”. O responsável garantiu ainda que o grupo “assumirá as suas responsabilidades no sector segurador,
nomeadamente com o novo accionista maioritário”.
José de Matos afirmou que esta parceria “tem
potencialidade para ser estendida a outras áreas de actividade, dentro e fora
de Portugal”. Esta ideia é partilhada por Guo Guangchang, que pretende criar
sinergias com a Peak Reinsurance e com a Yong’na P&C Insurance
(participadas da Fosun). O objectivo é “alcançar um rápido desenvolvimento do
negócio pelo mundo, especialmente na comunidade de países de língua portuguesa”.
O administrador da Fosun não quis comprometer-se com a
longevidade do investimento na seguradora, mas garantiu que “esta cooperação
será sem dúvida estável e de longo prazo”. A garantia dada pelo investidor
chinês. De que manteria no capital da Caixa de Seguros durante dez anos (quando
a exigência era de quatro), terá sido um dos factores que pesou na escolha do
Governo.
A Fosun ganhou a corrida a esta privatização
em Janeiro,
depois de ter afastado a equity norte-americana
Apollo,
na disputa da fase final do concurso de venda directa da maioria do capital da
Caixa Seguros. Tal como obriga a lei-quadro das privatizações, foi nomeada pelo
Governo uma comissão para acompanhar o processo, composta por José Manuel
Costa, Diogo Leite Campos e Jorge Vasconcelos.
Sem comentários:
Enviar um comentário