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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Fosun compromete-se a ficar na Caixa Seguros “longo prazo”

DIANA INÁCIO MENDES 07/02/2014 - 15:23


Foi assinado nesta sexta-feira o contrato de venda directa da Caixa Seguros à sociedade de capital d risco chinesa Fosun.
http://www.publico.pt/multimedia/video/governo-formaliza-venda-de-80-da-caixa-seguros-a-fosun-20142714261 
http://www.publico.pt/multimedia/video/parceria-com-a-fosun-com-potencial-para-estenderse-a-outras-areas-20142712060
A privatização do negócio de seguros da Caixa Geral de Depósitos (CGD) foi formalizada nesta sexta-feira, depois de o Governo ter aprovado em Janeiro a proposta da Fosun International Limited, num negócio superior a mil milhões de euros. A companhia chinesa promete “cooperação de longo prazo”.

Com a compra de 80% da Fidelidade, da Multicare e da Cares pelo grupo chinês, o Estado totalizou encaixe de 1209 milhões de euros. As receitas com esta privatização vão chegar, no entanto, a 1264 milhões de euros, já que outros 55 milhões serão arrecadados com a oferta pública de venda de 5% da Fidelidade, destinada aos trabalhadores. Se a procura não abranger a totalidade da oferta, as acções que restarem serão entregues à Fosun.

Guo Guangchang, administrador da Fosun, afirmou esta sexta-feira, no Ministério das Finanças, que a concretização desta cooperação entre Portugal e a China será “o primeiro passo significativo para a internacionalização da actividade seguradora da Fosun”. Em Portugal, a Fidelidade, a Multicare e a Cares representam 30% do mercado segurador.

Durante a cerimónia José de Matos, presidente executivo da CGD, explicou que, com a cedência do controlo accionista da Caixa Seguros, a instituição bancária fortalecerá a sua solvabilidade para cumprir as novas regras europeias para o sector da banca e assim poderá “continuar a apoiar a economia nacional”. O responsável garantiu ainda que o grupo “assumirá as suas responsabilidades no sector segurador, nomeadamente com o novo accionista maioritário”.

José de Matos afirmou que esta parceria “tem potencialidade para ser estendida a outras áreas de actividade, dentro e fora de Portugal”. Esta ideia é partilhada por Guo Guangchang, que pretende criar sinergias com a Peak Reinsurance e com a Yong’na P&C Insurance (participadas da Fosun). O objectivo é “alcançar um rápido desenvolvimento do negócio pelo mundo, especialmente na comunidade de países de língua portuguesa”.

O administrador da Fosun não quis comprometer-se com a longevidade do investimento na seguradora, mas garantiu que “esta cooperação será sem dúvida estável e de longo prazo”. A garantia dada pelo investidor chinês. De que manteria no capital da Caixa de Seguros durante dez anos (quando a exigência era de quatro), terá sido um dos factores que pesou na escolha do Governo.

A Fosun ganhou a corrida a esta privatização em Janeiro, depois de ter afastado a equity norte-americana Apollo, na disputa da fase final do concurso de venda directa da maioria do capital da Caixa Seguros. Tal como obriga a lei-quadro das privatizações, foi nomeada pelo Governo uma comissão para acompanhar o processo, composta por José Manuel Costa, Diogo Leite Campos e Jorge Vasconcelos.

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