O presidente da CGD
destacou ainda as oportunidades que são criadas para o grupo financeiro público
português com este negócio com a companhia chinesa
O presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), José de
Matos, considerou hoje que a entidade fica "ainda mais forte" com a
alienação da área seguradora, que permite um reforço de capitais e confere
maior capacidade de financiamento à economia.
"Esta operação constitui um marco importante na
concretização da estratégia definida para a Caixa Geral de Depósitos (CGD),
visando a focagem do grupo na atividade bancária fundamental, e reduzindo
a sua alavancagem, designadamente
através da alienação de participações financeiras não 'core'
[estratégicas]",
afirmou o responsável.
Durante a cerimónia de assinatura do contrato de venda
das seguradoras da Caixa Geral de Depósitos (CGD) à companhia chinesa Fosun
International, no Ministério das Finanças, em Lisboa, o banqueiro destacou que
esta é uma "operação importante para a CGD e para o mercado segurador
português".
E realçou: "Com a cedência do controlo acionista da atividade seguradora, a CGD
fica ainda mais forte em termos da sua solvabilidade, de acordo com as novas
exigências regulamentares no setor bancário, e para continuar a
apoiar a economia nacional".
Segundo José de Matos, "com esta operação, a CGD não
abandona as empresas seguradoras que têm feito parte do grupo. Pelo contrário,
embora mantendo uma participação minoritária, assumirá as suas responsabilidades como parceiro
responsável do novo acionista maioritário, nomeadamente, no âmbito dos acordos de 'bancassurance'
e de prestação de
serviços nas empresas associadas no Grupo CGD".
O presidente da CGD destacou ainda as oportunidades que
são criadas para o grupo financeiro público português com este negócio com a
companhia chinesa.
Estamos certos que esta
parceria com a Fosun, um importante grupo económico chinês com presença global,
tem potencialidades para ser desenvolvida em outras áreas da nossa actividade,
quer em Portugal, quer na nossa actividade internacional” assinalou.
Está formalizado o contrato
de compra e venda de 80% do capital da Caixa Seguros, por mil milhões de euros,
uma privatização que foi aprovada em Janeiro e que permite que o banco estatal
se mantenha como acionista de referência nas empresas alienadas.
O valor do encaixe total
para a CGD vai ainda aumentar, para 1.264 milhões de euros, devido à oferta pública
de venda (OPV) de uma fatia suplementar de 5%, destinada aos trabalhadores da
área seguradora do banco público, que beneficiarão de um desconto de 5%, a que
se soma a distribuição extraordinária de capital das empresas seguradoras
envolvidas, feita ainda em 2013.
Caso as ações destinadas
aos trabalhadores não sejam totalmente subscritas, a Fosun assegura a compra do
capital remanescente, pelo que poderá aumentar a sua posição no banco público
para 85%.
*Este artigo foi escrito ao
abrigo do novo acordo ortográfico
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