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quinta-feira, 22 de maio de 2014

Rússia diz que eleições na Ucrânia podem “agravar diferenças no país”

Moscovo diz que o acordo de Genebra não está a ser cumprido
ALEXANDRE MARTINS 20/05/2014 - 17:15
Moscovo volta a exigir o fim das operações do Governo interino de Kiev contra as milícias separatistas no Leste da Ucrânia.

A Rússia voltou a dar sinais de que poderá vir a rejeitar os resultados das eleições presidenciais na Ucrânia, marcadas para o próximo domingo, 25 de Maio. No final de uma reunião com o embaixador do Reino Unido na Rússia, Tim Barrow, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Grigori Karasin, afirmou que a realização de eleições "sem o fim imediato das hostilidades” servirá apenas para “agravar as diferenças no país”.

O responsável repetiu os argumentos apresentados por Moscovo desde o início da tomada de edifícios administrativos e governamentais em várias cidades do Leste da Ucrânia por separatistas pró-russos, em Abril, denunciando o que considera ser o falhanço no cumprimento do acordo alcançado em Genebra, também no mês passado.

O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia salientou a importância do plano elaborado pela Organização para a Segurança e Cooperação na Europa para pôr fim às hostilidades e da necessidade de o Governo interino de Kiev promover reformas constitucionais.

No acordo celebrado em meados de Abril entre o Governo de Kiev, os Estados Unidos, a União Europeia e a Rússia, foi decidido que "todas as partes devem pôr fim a qualquer tipo de violência, intimidação ou acções provocatórias" - neste sentido, Moscovo considera que as autoridades de Kiev devem também travar a sua operação no Leste da Ucrânia contra as milícias separatistas pró-russas antes das eleições presidenciais.

O texto do acordo refere ainda que "o anunciado processo constitucional será inclusivo, transparente e responsável. Incluirá o estabelecimento de um diálogo nacional abrangente, alcançando todas as regiões e círculos políticos da Ucrânia, e permitirá o envio de comentários públicos e propostas de emendas".

"Sem que estes acordos sejam postos em prática, e o sem o fim imediato das hostilidades pelas unidades do exército [ucraniano] no Sudeste, as eleições de 25 de Maio apenas vão agravar as diferenças no país", declarou nesta terça-feira Grigori Karasin, citado pela agência Reuters.

No dia 7 de Maio, o Presidente russo Vladimir Putin, apelou ao adiamento do referendo nas regiões de Donetsk e Lugansk – que viria a ser realizado sem nenhum reconhecimento oficial - e disse que as eleições presidenciais de 25 de Maio poderiam ser "um passo na direcção certa".


Mas Putin insistiu também na necessidade de as tropas de Kiev deixarem de lançar operações no Leste da Ucrânia, o que as autoridades de Kiev têm negado, com o argumento de que estão a combater "terroristas".

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