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terça-feira, 5 de agosto de 2014

Regulador Identificou Esquema Ponzi

O Banco de Portugal detectou um esquema de dívida em car­rossel nas empresas do GES, que data de 2008, semelhante a um esquema de Ponzi, em que as en­tradas de dinheiro novas ser­viam para pagar juros e dívidas anteriores. A dispersão destas dívidas por sociedades fora de Portugal, inacessíveis aos regu­ladores, dificultou a detecção.

"O Grupo Espírito Santo, através de entidades não finan­ceiras não sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, situadas em muitos casos em jurisdições de difícil acesso, desenvolveu es­quemas de financiamento frau­dulento entre as empresas do grupo”, disse o governador do Banco de Portugal numa decla­ração aos jornalistas, sem direi­to a perguntas, feita este domin­go, 3 de Agosto.

Carlos Costa recorreu à "ex­periência internacional” para defender que "esquemas deste tipo são muito difíceis de detectar”. Tal só acontece quando já estão em ruptura. Nesse senti­do, referiu que foi o Banco de Portugal a "identificar uma pon­ta do problema” quando pediu uma inspecção aos principais clientes dos principais bancos portugueses. Algo que ocorreu em Setembro de 2013.

Este domingo, Carlos Costa foi bastante incisivo sobre o que se passava em todo o universo Espírito Santo mas, nas últimas semanas, também já veio, por várias vezes, levantar dúvidas quando ao que foi feito no Ban­co Espírito Santo, nomeada­mente referindo-se aos últimos dias de Ricardo Salgado na lide­rança da instituição.

O líder do regulador voltou a referir que foram praticadas "actuações que violaram clara­mente as determinações” do re­gulador e que agravaram os pre­juízos do BES. Está em marcha uma auditoria forense para de­terminar responsabilidades in­dividuais. "Caso se confirme a prática de ilícitos, serão extraí­das as necessárias consequên­cias em matéria contra-ordenacional e criminal”, concluiu

AV/DC

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