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sábado, 10 de janeiro de 2015

APOSTA NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA

REDACÇÃO F8
6 de Janeiro de 2015
A reabilitação do Perímetro Irrigado do Mucoso, na província do Cuanza Norte, um dos projectos agrícolas mais relevantes do sector em Angola, vai ser inaugurado esta quarta-feira, após um investimento público de 10,5 milhões de euros.

De acordo com informação divulgada pelo Ministério da Agricultura, a obra envolveu, além da reabilitação do perímetro agrícola, a construção de residências para técnicos, áreas de serviço e outros equipamentos de apoio, nomeadamente para garantir o fornecimento de água potável à produção.

A inaugurar pelo ministro da Agricultura, Afonso Pedro Canga, trata-se de um investimento público avaliado em 1,3 mil milhões de kwanzas (mais de 10,5 milhões de euros) e que vai garantir a arrancar com a produção de frutas e hortícolas já este mês, numa área de inicial de 500 hectares.

A reabilitação desta área, no município do Dondo, foi realizada pela empresa espanhola INCATEMA e envolveu ainda a recuperação de mais de 20 quilómetros de estradas, para facilitar a circulação de pessoas e máquinas na fazenda que integra o complexo agrícola.

O investimento vai permitir, para já, a criação de 80 postos de trabalho, tendo a fazenda capacidade para garantir o armazenamento da produção em câmaras frigoríficas.

A agricultura angolana deverá liderar o crescimento do peso do sector não petrolífero na economia nacional, conforme prevê o Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2015.

No documento, o Governo considera a agricultura como um sector chave para o desenvolvimento economia nacional, liderando o crescimento entre oito áreas não petrolíferas identificadas.

O crescimento da agricultura angolana está estimado em 12,3% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. 
Ou seja, acima dos 11,9% previstos para 2014, mas distante da marca do ano anterior, quando aumentou 42,3%.

As explorações agrícolas familiares, com um universo de cerca de 2,5 milhões de famílias, já são responsáveis por mais de 80% da produção de culturas alimentares básicas – cereais, raízes, leguminosas – e detêm os maiores efectivos de gado do país.

No relatório de fundamentação do OGE de 2015, o Governo angolano reconhece que a “dinâmica recente da economia agrícola tem sido um dos determinantes do desempenho do PIB não petrolífero”.

As receitas do petróleo garantiram em 2013 mais de 76% das receitas fiscais angolanas.

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