30 Janeiro 2015
O FMI diz que Portugal vai ter este ano um défice maior que o previsto pelo Governo, e nos anos seguintes
Pedro Passo Coelho já sabia que as conclusões do Fundo Monetário Internacional sobre as contas públicas nacionais não seriam boas.
Esta manhã alertou os portugueses para que não acreditassem nas previsões: "O FMI vai apontar para uma realidade que não existe, que é a da dúvida se nós temos condições para atingir um objetivo que atingimos."
Divulgados esta tarde, os resultado da primeira análise realizada após o fim do resgate não são, de facto, animadores para o Governo.
Segundo FMI, o défice deverá atingir os 3,4% este ano, e em 2016 será praticamente igual (3,3% do PIB).
Se se mantiver a estratégia actual, défices abaixo de 3% só em 2018.
O Governo tinha acordado com a troika e com o Conselho Europeu que o défice orçamental em 2015 não seria superior a 2,5% do PIB.
Mas no Orçamento do Estado para 2015, alterou essa meta para 2,7%, com o argumento de que só aumentando os impostos é que conseguiria cumprir a meta de 2,5%.
O FMI alerta que o País só conseguirá atingir a meta do défice orçamental para 2015 e anos seguintes se avançar com medidas adicionais.
Liderado por Christine Lagarde, o FMI critica os "progressos modestos nas reformas da despesa incluídas no orçamento."
Maria Luís Albuquerque tem como objectivo reduzir a dívida pública para 123,7% do PIB já este ano, mas o FMI diz que Portugal só conseguirá chegar a esse valor daqui a quatro anos, em 2019.
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