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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

PT não queria ver nomes na auditoria da PwC

Já foi entregue à CMVM a auditoria da PwC às relações entre a PT e o GES.
8/1/2015, 7:29
EDGAR CAETANO
A PT SGPS pediu à consultora PwC que ocultasse, na versão final da auditoria as relações com o GES, os nomes dos antigos e actuais administradores com responsabilidade nos empréstimos.

A PT SGPS quis que a PriceWatherhouseCoopers (PwC) omitisse os nomes dos titulares de cargos de gestão que terão estado ligados às operações ruinosas de financiamento à RioForte, uma empresa do Grupo Espirito Santo (GES).
Este pedido, segundo o Público, foi feito por escrito e deu-se depois de o conselho de administração da PT SGPS ter discutido, a 13 de novembro, uma primeira versão do relatório que incluia a identificação de todos os administradores com responsabilidades.

Foi, em parte, devido a este pedido, que segundo o Público a consultora acatou, que se foi atrasando na entrega da versão definitiva do documento. 
Além do facto de alguns administradores terem pedido para alterar os respetivos depoimentos. 
A versão final já não inclui os nomes de quem teve e quem não teve responsabilidade direta nas operações de financiamento pela PT à Rioforte, designadamente o empréstimo de 897 milhões de euros realizado no início de 2014 através da subscrição de papel comercial. 
Papel comercial que viria a não ser reembolsado, marcando o início da derrocada das ações da PT SGPS em bolsa, e que levaria à revisão das condições da fusão com a brasileira Oi.

A poucos dias da assembleia-geral de dia 12, que não deverá ser adiada, o Público acrescenta esta quinta-feira que alguns acionistas vão tentar provar, através da auditoria, que a brasileira Oi sabia destes investimentos e que, portanto, não se justifica que tenha havido uma revisão das condições da fusão em que a PT SGPS passou a ter uma posição menor na empresa resultante da fusão, com opção para comprar a diferença.

Na terça-feira a TVI noticiou que a auditoria aponta para conclusões explosivas:a PT teve de se endividar para fazer aquele investimento na RioForte, ajudando assim o GES a garantir liquidez nos meses finais, antes da queda do grupo. 
Esse foi o dia em que a Procuradoria-Geral da República informou que as buscas realizadas na PT SGPS se inseriram numa investigação sobre suspeitas de participação económica em negócio e burla qualificada, investigando-se aplicações financeiras realizadas pela empresa.

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