27 Novembro 2014, 15:18 por
Ana Laranjeiro | laranjeiro@negocios.pt, David Santiago | dsantiago@negocios.pt
Os preços do petróleo nos mercados internacionais já estiveram a descer mais de 8%, tendo entretanto aliviado. O Brent está inclusivamente a negociar abaixo dos 75 dólares por barril pela primeira vez desde 2010. Esta tarde, a OPEP decidiu manter a produção de petróleo.
Os preços do petróleo estão em forte queda nos mercados internacionais.
O West Texas Intermediate, negociado em Nova Iorque, desce 5,70% para 69,49 dólares por barril, numa sessão em que chegou a negociar nos 67,75 dólares, que representa o valor mais baixo desde 25 de Maio de 2010. O WTI chegou a cair 8,06%, o que representa a maior queda desde 4 de Maio de 2011, dia em que cedeu 10%.
O Brent do Mar do Norte, que serve de referência às importações nacionais, recua 5,97% para 73,11 dólares por barril, depois de hoje já ter estado a perder 8,36% para 71,25 dólares, o que representa a queda mais pronunciada desde 5 de Maio de 2011, quando cedeu 10,04%.
Estes 71,25 dólares hoje atingidos pelo crude do Mar do Norte é o valor mais baixo de negociação desde 6 de Julho de 2010.
Esta é também a primeira vez, desde Setembro de 2010, que o Brent está a negociar abaixo da fasquia dos 75 dólares por barril.
Este comportamento da matéria-prima tem lugar depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter decidido manter o nível de produção.
"Como disse anteriormente, não há corte" na produção de petróleo, afirmou Ali al-Naimi, ministro saudita do petróleo, esta quinta-feira, 27 de Novembro, à saída do encontro da OPEP que teve lugar em Viena, Áustria.
Os 12 estados-membros da OPEP reuniram hoje com um eventual ajustamento da produção da matéria-prima como tema de fundo. Isto numa altura em que o excesso de oferta, conjugado com a queda da procura e a valorização do dólar tem conduzido a uma descida dos preços da matéria-prima.
O responsável saudita tinha já defendido que não é necessário reduzir a produção de petróleo e que os preços vão estabilizar.
Esta convicção surgiu após esta terça-feira, 25 de Novembro, vários países produtores de petróleo - incluindo países que não fazem parte da OPEP como o México e a Rússia – terem estado reunidos para debater uma possível redução da produção de petróleo.
No entanto, o encontro terminou apenas com a promessa de monitorização dos preços por parte destes países.
Um compromisso com vista a diminuição não foi alcançado.
"Ninguém deveria reduzir e o mercado vai estabilizar por si", apontou o responsável na altura, citado pela Bloomberg.
"Porque deveria a Arábia Saudita reduzir?
Os Estados Unidos são grandes produtores também.
Devem também reduzir", questionou.
(Notícia actualizada às 16h01m e às 17h31 com novas cotações e alteração do título)
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