A viagem de Sócrates para o Brasil fazia parte da sua agenda de trabalho, enquanto consultor para a América Latina da multinacional farmacêutica Octapharma / Luís Barra
15:30 Quarta feira, 3 de dezembro de 2014
Ex-primeiro-ministro era para voar a 24 de novembro e isso terá contribuído para o argumento do perigo de fuga que determinou a prisão preventiva, soube-se esta quarta-feira numa sessão do Supremo Tribunal de Justiça.
O juiz-relator do Supremo Tribunal de Justiça que apreciou esta quarta-feira o pedido de habeas corpus para a libertação imediata de José Sócrates, João Silva Miguel, revelou que o ex-primeiro-ministro tinha um voo para o Brasil agendado para dia 24 de novembro, três dias depois de ser detido no aeroporto de Lisboa, quando regressava de Paris.
A viagem faria parte da sua agenda de trabalho, enquanto consultor para a América Latina da multinacional farmacêutica Octapharma.
Esse voo para o Brasil foi um dos elementos que terá servido para o juiz de instrução Carlos Alexandre considerar que havia um cenário de risco de fuga, contribuindo assim para a determinação da prisão preventiva do antigo líder do PS.
Presente na sessão do Supremo dedicada ao habeas corpus, o advogado de Sócrates, João Araújo, lembrou aquilo que já tinha dito ao Expresso, na última edição do semanário: o ex-primeiro-ministro regressou a Lisboa para ser detido, já que sabia desde a véspera, quando se encontrava ainda em Paris, que havia uma forte probabilidade de isso vir a acontecer.
Para o advogado, o risco de fuga invocado para justificar a prisão preventiva é "patético" e a decisão do juiz Carlos Alexandre foi "barbaramente injusta".
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