Paulo Portas era ministro da Defesa aquando da aquisição dos submarinos
18/12/2014, 21:02Catarina Falcão
Centristas mostram agrado por arquivamento e defendem o presidente do partido, Paulo Portas. Secretário-geral lembrou ainda que nenhum militante foi implicado no caso Portucale.
O arquivamento do caso dos submarinos, onde Paulo Portas não estava formalmente acusado, mas era ministro da Defesa e negociou as contrapartidas do negócio que levou à sua aquisição, fez com que vários centristas mostrassem publicamente o seu apoio ao líder do partido. Dizem nunca ter duvidado da “seriedade” de Portas, mas que o arquivamento do processo não apaga as acusações feitas aos longo dos anos e criticam Ana Gomes, eurodeputada do PS, que se constituiu assistente no processo e que tem falado publicamente sobre as suspeitas de envolvimento do vice-primeiro-ministro.
Muitos centristas aproveitaram as redes sociais para partilhar a notícia avançada pela revista Visão esta quinta-feira sobre o arquivamento do processo que acusava várias pessoas de crimes de corrupção e prevaricação na assinatura do contrato de compra dos submarinos. Hélder Bataglia, Luís Horta e Costa, Miguel Horta e Costa e Pedro Ferreira Neto eram os visados, no entanto, Paulo Portas, ministro da Defesa na altura, tem vindo a ser envolvido no caso desde 2003, data da compra destes equipamentos.
Raul Almeida, deputado do CDS, escreveu na sua página de Facebook que não estava surpreso com esta decisão, e que quem tem vindo a criticar Paulo Portas mostrou “profunda desonestidade”.
Também Micael Seufert, outro deputado do CDS, apontou o dedo à eurodeputada socialista Ana Gomes e disse ter a certeza que o arquivamento não terá “o tratamento mediático” que as acusações ao vice-primeiro-ministro tiveram.
Ao DN, Nuno Magalhães, líder da bancada parlamentar do CDS, disse que “a verdade vem sempre ao de cima”. Entretanto, o secretário-geral do CDS, António Carlos Monteiro, enviou um comunicado às redações que associaram este caso, com o caso Portucale onde o dirigente do CDS Abel Pinheiro e alguns funcionários do partido estavam acusados do crime de tráfico de influências, afirmando que o CDS “tem direito ao bom nome”.
Sem comentários:
Enviar um comentário