Pedro Santos Guerreiro e Filipe Santos Costa
14:17 Quinta-feira, 20 de Novembro de 2014~
Banco de Portugal já temia desfecho do BES Angola quinze dias antes da resolução. Veja a ata.
Documento: Ata de reunião do Comité Nacional para a Estabilidade Financeira
Data: 18 de julho de 2014
A ministra das Finanças explicou na sua audição na Comissão Parlamentar de Inquérito que, a 18 de julho, foi decidido criar uma equipa entre supervisores para prepararem cenários de contingência para o que pudesse correr mal no BES.
Correu mal.
Duas semanas depois, o BES foi intervencionado e partido em dois.
Maria Luís Albuquerque (governo), Carlos Costa (Banco de Portugal), Carlos Tavares (CMVM), José Figueiredo Almaça (ISP) reuniram-se a 18 de julho para falarem do BES - e das "questões de estabilidade financeira", que então já se levantavam.
Carlos Costa revela nessa reunião que havia dois grandes focos de incerteza: "Tratamento que será dado ao crédito do BE ao BESA pelas autoridades angolanas" e "evolução da liquidez originária de institucionais estrangeiros (depósitos) que se carateriza por envolver grandes montantes e ser muito volátil".
A ata da reunião, que o Expresso hoje revela (ver em baixo), não especifica os depositantes em causa, mas em causa poderão estar clientes venezuelanos e angolanos que tinham elevados valores depositados no BES.
É então que é proposta a criação do grupo de trabalho entre as quatro instituições, com criação de um segundo grupo "para operacionalização de soluções alternativas para uma eventual recapitalização do BES com o apoio público".
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