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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

20 milhões por assessoria do BES, o favorito?

20 de Novembro de 2012
"A importância do BES Investimento (BESI) e do seu presidente, José Maria Ricciardi, mede-se pela sua actividade: esteve ‘só’ envolvido nas maiores operações financeiras realizadas em Portugal nos últimos anos, desde aquisições e fusões, a Ofertas Públicas de Aquisição (OPA), privatizações e reestruturação de grupos empresariais.

Só no último ano, o BESI assessorou as OPA da Brisa e da Cimpor, as subscrições de obrigações da PT e da Zon e a reestruturação do Grupo Mello. 
E Ricciardi é o segundo homem-chave no Grupo Espíriro Santo, sentando-se em todas as reuniões ao lado direito do número um, Ricardo Salgado, de quem é primo direito.

Na sequência das notícias sobre os seus telefonemas para Passos Coelho e Miguel Relvas, o presidente do BESI admitiu-os, mas explicou, em comunicado: «Transmiti a vários membros do Governo a minha discordância pelo facto de o Estado ter contratado a firma norte-americana Perella por ajuste directo, quando se exigia, na observância do rigor e da ética, que se elegessem as assessorias financeiras através de concurso público».

Recorde-se que a Perella Weinberg – baseada em Londres e Nova Iorque, sendo em Portugal dirigida por Paulo Cartucho Pereira – foi contratada em Setembro de 2011, por ajuste directo, para fazer a assessoria financeira do Estado. 
Formalmente, a Parpública recebeu indicações para contratar a Caixa BI, tendo esta subcontratado a Perella. 
A decisão foi assumida pelo ministro das Finanças, que invocou o interesse do Estado e o facto de a Caixa BI constar da lista de empresas pré-qualificadas para o representar. 
Mas nos bastidores muito se falou do facto de Paulo Pereira (da Perella) ser amigo e antigo aluno de António Borges, consultor do Governo para as privatizações. 

Pela assessoria, as Finanças pagaram cerca de 20 milhões de euros.
«Das quatro grandes privatizações que o Governo está a levar a cabo só a EDP e a REN ‘escaparam’ ao BESI – que foi contratado para a TAP e a ANA. 

Isso mesmo constatou o presidente do BPI, Fernando Ulrich. 
Questionado pelos jornalistas sobre o caso do ajuste directo à Perella, respondeu: «Qual ajuste directo é que está a referir? 
É que quem protestou ganhou logo as privatizações seguintes, da TAP e da ANA. 
Valeu a pena protestar»
As declarações foram consideradas «absolutamente lamentáveis» por fonte oficial do BESI citada ontem pelo Diário Económico." /sol.

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