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sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Mercados em Zoom: Wall Street aguarda em queda por actas do FED

PAULO ZACARIAS GOMES
paulo.gomes@economico.pt
19 de Novembro de 2014


Praças de Nova Iorque digerem dados do sector imobiliário antes de conhecerem leitura da Reserva Federal sobre evolução da economia. “Yields” soberanas do euro agravam-se depois de membro do BCE questionar utilidade do "quantitative easing".

BPI €1,4980 (1,84%)
Os ganhos da banca - em particular da instituição liderada por Fernando Ulrich, que viu o outlook melhorado pela S&P - sustentam Lisboa em terreno positivo, para o qual também contribuem os ganhos da EDP, Jerónimo Martins e PT. Entre os títulos da energia, os da Galp são os únicos que se mantêm no vermelho.

Stoxx Europe 600 339,92 pontos (0,19%)
À excepção de Madrid e Londres - em posição de recuo, com a praça britânica condicionada também pelos receios do Banco de Inglaterra quanto à evolução positiva da inflação, reduzindo a necessidade de estímulos - as restantes praças europeias vivem a terceira sessão consecutiva de ganhos, com as bolsas de Atenas e Milão na frente. As empresas ligadas às matérias-primas lideram as perdas enquanto o sector bancário é o que mais aprecia antes da divulgação das actas do Fed.

S&P 500 2.047,37 pontos (-0,22%)
Os principais índices de Nova Iorque amanhecem em pausa dos máximos de ontem, à espera de pormenores sobre a política monetária nos EUA, com a divulgação ao final da tarde das actas da última reunião da Reserva Federal. Os investidores querem saber qual a actual leitura que o banco central faz da economia e o impacto dessa avaliação numa eventual antecipação do aumento das taxas de juro. Para já, assimila-se o recuo na construção de casas novas em Outubro, que pode apontar para fragilidade no mercado imobiliário.

Juros de Portugal a 10 anos 3,139% (0,005)
Nos periféricos da zona euro as "yields" da dívida soberana apreciam depois de o holandês Klaas Knot, membro do conselho de governadores do BCE, ter questionado os benefícios de um programa de compra de dívida soberana (quantitative easing) e minimizado os riscos de deflação. A especulação de que o comité liderado por Janet Yellen traga uma visão positiva sobre o estado da economia norte-americana retira atractividade ao mercado de obrigações soberanas dos EUA, que já não conta com o suporte do plano de compra de activos do Fed e oferece menos rentabilidade que a dívida empresarial.

Rublo $0,02136 (0,19%)
A moeda de Moscovo soma duas sessões de ganhos, depois de o tesouro ter emitido esta manhã apenas 10% do montante indicativo na emissão de obrigações denominadas em rublos. A descida nas exportações indianas em Outubro empurra a rupia para mínimos de Março. O real, que já depreciou 13% nos últimos três meses, mantém a tendência de desvalorização, depois de a inflação ter crescido em Novembro menos do que o previsto pelos analistas.

Brent $79,25 (0,99%)
O preço do barril de brent regista o maior avanço em três dias, reflectindo o impacto das tensões geopolíticas na produção de petróleo. Neste caso, depois de um ataque bombista na região curda do Iraque, segundo maior produtor de petróleo da OPEP. A queda dos preços no minério de ferro nos mercados internacionais - permanecem em mínimos de mais de cinco anos - está a levar empresas a encerrar minas, como é o caso da Cliffs no Canadá.

O Mercados em Zoom, um retrato instantâneo da evolução das bolsas, é actualizado todos os dias úteis às 10h30, 14h45 e 16h45.

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