Mercados em zoom: S&P500 avança pela quarta sessão e bate novo recorde

PAULO ZACARIAS GOMES

paulo.gomes@economico.pt

18 de Novembro de 2014

Confiança na Alemanha e estímulos no Japão impulsionam mercados. Juros da Grécia lideram apreciação entre os periféricos com dúvidas sobre medidas adicionais ao orçamento do país.

BCP €0,08 (2,69%)

O banco liderado por Nuno Amado está entre as maiores fontes de valorização de Lisboa (que avança 0,92%), acompanhado pelos restantes títulos do sector financeiro - ainda a beneficiar da hipótese de eventuais prejuízos da venda do Novo Banco serem transformados em crédito ao Estado e o pagamento ser diferido. No dia do reinício das obras no túnel do Marão, a Teixeira Duarte valoriza mais de 2%.

Eurostoxx 50 3.112,96 pontos (0,91%)

A retoma do indicador de confiança dos investidores alemães continua a animar Frankfurt, que tem o maior avanço entre as principais praças europeias. A melhoria da confiança na maior economia do euro leva o índice das 50 maiores empresas da zona da moeda única a valorizar pela quarta sessão, para próximo de máximos de quase um mês e meio.

S&P 500 2.041,48 pontos (0,01%)

O mais transversal índice bolsista de Nova Iorque arrancou esta terça-feira a cruzar novo máximo intradiário, com os investidores confiantes na evolução da economia norte-americana. Já o índice industrial Dow Jones abriu em queda ligeira depois de os preços na produção em Outubro terem aumentado inesperadamente. Os títulos da rede de bricolage Home Depot recuam quase 1% apesar de resultados trimestrais acima do esperado pelos analistas.

Juros da Grécia a 10 anos 8,271% (0,208)

As ‘yields' da dívida helénica lideram as apreciações no espaço do euro, com a maturidade de referência em máximos de um mês. O impasse em torno de um acordo sobre medidas adicionais ao Orçamento de 2015 - que Atenas tem de fechar com os credores até 8 de Dezembro -, penaliza a dívida grega em mercado secundário. O efeito está contido a Atenas e não se estende aos juros do resto dos periféricos.

Real $0,3847 (0,165%)

A moeda de Brasília aprecia e descola de mínimos de nove anos, com a procura dos investidores por activos de elevada rentabilidade e maior risco nos mercados emergentes, perante sinais positivos nas economias desenvolvidas - melhoria da confiança na Alemanha e adiamento do aumento do IVA no Japão.

Minério de ferro $71,80 (-4,4%)

A queda do preço do imobiliário na China adensa receios de arrefecimento da segunda maior economia do mundo e a expectativa de uma redução da procura por matérias-primas aprofunda a queda do preço da tonelada de minério de ferro, que segue em novos mínimos de cinco anos.

O Mercados em Zoom, um retrato instantâneo da evolução das bolsas, é actualizado todos os dias úteis às 10h30, 14h45 e 16h45.