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terça-feira, 25 de novembro de 2014

José Sócrates é o recluso 44

Rui Gustavo e Hugo Franco 
10:07 Terça feira, 25 de novembro de 2014 
Última atualização há 13 minutos
Antigo primeiro-ministro é suspeito dos crimes de fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais. Fica no mesmo estabelecimento prisional onde está Manuel Jarmela Palos, diretor do SEF, detido no âmbito do escândalo dos vistos gold.

José Sócrates já deu entrada no Estabelecimento Prisional de Évora, onde ficou com o número de recluso 44, apurou o Expresso.

O Estabelecimento Prisional de Évora, para onde José Sócrates foi levado depois de saber das medidas de coação decratadas pelo juiz Carlos Alexandre, é especialmente dedicado a receber elementos das forças de autoridade.

Manuel Jarmela Palos, diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, detido na semana passada na Operação Labirinto, relacionada com o caso dos vistos gold, é um dos detidos deste estabelecimento. 
Porém, no curto prazo, irá ser colocado em prisão domiciliária.

Sócrates vai aguardar em prisão preventiva pela conclusão das investigações em que é suspeito dos crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

O ex-primeiro-ministro poderá ficar em prisão preventiva até março de 2018. 
O Código do Processo Penal prevê um prazo máximo de 40 meses de prisão nos casos de excecional complexidade, como este em que o ex-governante é acusado, mas pode ainda ser alargado por mais seis meses se houver recurso para o Tribunal Constitucional.

O juiz Carlos Alexandre aplicou a medida de coação mais gravosa a José Sócrates, mas não explicou os fundamentos. 
Numa nota lida pela escrivã do Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa, por volta das 22h30 de segunda-feira, são descritas com algum pormenor as horas e dias das detenções e interrogatórios ao antigo governante e aos três arguidos do mais importante caso de corrupção em Portugal. 
Mas nem uma linha sobre os motivos pelos quais o ex-primeiro-ministro não foi para casa.

A prisão preventiva é aplicada nos casos em que o tribunal suspeita que há perigo de fuga, continuação da atividade criminosa, perturbação de inquérito ou alarme social. 
Por enquanto, só os principais intervenientes do processo sabem das razões concretas.

José Sócrates foi detido na noite de sexta-feira no Aeroporto da Portela, em Lisboa, quando chegava de Paris. 
O Expresso apurou que uma das causas da detenção está relacionada com a casa avaliada em três milhões de euros onde o ex-primeiro-ministro residiu quando tirou um curso na capital francesa, depois de deixar o governo. 
O apartamento terá sido adquirido por Carlos Santos Silva, que alegadamente seria um testa-de-ferro de Sócrates. 
Os investigadores querem saber de onde veio o dinheiro para comprar a habitação. 
O ex-primeiro-ministro tinha dito publicamente que pediu um empréstimo de 120 mil euros ao banco para poder pagar o aluguer do apartamento e outras despesas durante o período em que passou em Paris, quando resolveu fazer um mestrado em Ciência Política.

[artigo atualizado às 15h07]

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