paulo.gomes@economico.pt
19 de Novembro de 2014
Depois de máximos de sete semanas, as ações do Velho Continente oscilam entre ganhos e perdas, com os investidores a aguardarem pormenores das reuniões do Fed e do Banco de Inglaterra.
Em dia de leilão de bilhetes do tesouro em Portugal, o sector bancário é dos posucos com ganhos, uma vez mais liderados pelo BCP.
Os títulos do BCP oscilam entre ganhos e perdas depois de ontem a S&P ter revisto de estável para positivo o "outlook" do banco liderado por Fernando Ulrich e reafirmado os outlooks e ratings dos restantes bancos portugueses que acompanha.
A PT SGPS recua 0,35% para 1,43 euros por acção, oito cêntimos acima da proposta de Isabel dos Santos.
De acordo com a Blooberg, que cita duas fontes não identificadas, os fundos Apax de Bain deverão apresentar no dia 28, final da próxima semana, uma oferta vinculativa para a PT Portugal, negócio nacional da Oi.
Entre os outros pesos-pesados, apenas a EDP soma ganhos.
Galp e REN seguem em queda, num momento em que as duas energéticas travam um braço-de-ferro com o Governo, recusando pagar a taxa extraoredinária sobre o sector energético.
Ontem o Executivo recordou que as duas empresas serão alvo de execução fiscal se não pagarem a taxa.
Na primeira hora de negociação, o PSI 20 apresenta-se então a com uma descida de 0,15% para 5.219,10 pontos.
No resto da Europa, enquanto se aguarda pelas actas da reunião do Fed e do Banco de Inglaterra que hoje serão divulgadas, as transacções seguem maioritariamente no vermelho, depois de nos últimos dias terem sido impulsionadas por declarações de Mario Draghi sobre um eventual programa de compra de dívida soberana e pelo disparo da confiança dos investidores alemães.
Em Paris os títulos do maior banco francês, o BNP Paribas, valorizam 0,37% após as autoridades judiciais terem aberto uma investigação preliminar a uma suspeita de uso de informação privilegiada em negociações.
Os investidores continuam ainda atentos à evolução da situação económica no Japão, onde o aumento de impostos sobre o consumo contribuiu para levar a terceira maior economia do mundo à recessão. O país adiou o aumento de impostos por ano e meio e convocou eleições antecipadas.
No dia em que Portugal realiza dois leilões de bilhetes do tesouro a três e 12 meses, com um montante indicativo global entre 750 e mil milhões de euros, os juros destas duas maturidades apreciam ligeiramente em mercado secundário, bem como as taxas associadas às obrigações a 10 anos.
Quem também vai aos mercados é a Rússia, depois de cinco leilões cancelados. A emissão de hoje é dirigida a clientes internos, pondo à prova o rublo, que tem batido sucessivos mínimos históricos, também pressionado pelo preço do petróleo - dado o peso desta matéria-prima nas exportações russas.
O preço do barril de petróleo mantém a tendência descendente, estando próximo de mínimos de quatro anos, à espera das conclusões da reunião da OPEP na próxima semana, onde podem ser decididos cortes na produção dos países árabes.
Sem comentários:
Enviar um comentário