25 de Novembro de 2014, 10:26 por Jornal de Negócios com Lusa
O Antigo Primeiro-ministro José Sócrates vai Ficar detido no Estabelecimento Prisional de Évora, Onde Já Passou A Noite, Depois do Primeiro Interrogatório judicial e de ter Sido colocado em Prisão preventiva, garantiu à Agência Lusa fonte prisional.
De acordo com a mesma fonte, foi atribuído a José Sócrates o número de preso 44. Os outros dois arguidos em prisão preventiva no âmbito do "Processo Marquês", encontram-se presos preventivamente no Estabelecimento Prisional Anexo às Instalações da Polícia Judiciária, na Gomes Freire, em Lisboa, confirmou a mesma fonte.
A prisão alentejana onde se encontra o antigo primeiro-ministro conta com apenas 40 detidos, todos eles antigos polícias, militares ou magistrados, segundo apurou o Diário de Notícias junto de fontes prisionais.
As medidas de coacção dos três arguidos envolvidos no "Processo Marquês" foram conhecidas ontem à noite, depois de várias horas de espera desde o final do interrogatório. A escrivã do Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa revelou, lendo o comunicado, que José Sócrates está indiciado por fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais, tendo sido decretada prisão preventiva.
O advogado de José Sócrates, João Araújo, foi o primeiro a revelar a medida de coacção aplicada ao ex-primeiro-ministro, considerando uma "decisão profundamente injusta e injustificada" e, garantindo que, "a não ser que o meu cliente me dê ordens em contrário", apresentará recurso.
Além do ex-primeiro-ministro estão constituídos arguidos Carlos Santos Silva, empresário e amigo de longa data de José Sócrates, Gonçalo Trindade Ferreira, advogado, e João Perna, motorista de José Sócrates.
Carlos Santos Silva também fica em prisão preventiva, estando indiciado por fraude fiscal qualificada, corrupção e branqueamento de capitais. Já João Perna, motorista de José Sócrates, teve como medida de coacção prisão preventiva, estando indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e detenção de arma proibida.
O arguido com a medida menos gravosa foi o advogado Gonçalo Ferreira, que fica em liberdade, mas proibido de contactar com outros arguidos. Está também proibido de viajar para o estrangeiro e obrigado a apresentações bissemanais no DCIAP.
De acordo com a imprensa nacional, João Perna serviria como correio, transportando dinheiro para o ex-primeiro-ministro entre Lisboa e Paris, onde este tem vivido nos últimos anos. A PGR esclareceu durante este fim-de-semana que o inquérito que envolve José Sócrates teve "origem numa comunicação bancária", não tendo origem noutros processos, como o Monte Branco ou a Operação Furacão.
O ex-primeiro-ministro foi detido na sexta-feira, quando chegava a Lisboa proveniente de Paris. Apesar de já serem conhecidas as medidas de coação, o inquérito prossegue, com vista à dedução da acusação.
(Notícia actualizada às 10h55)
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